Revestimentos, metais, louças: evento buscou responder aos anseios dos moradores das megacidades
A explosão demográfica, o enxugamento de espaço nas residências, a inevitável inserção da tecnologia no dia a dia e, em meio a tudo isso, a necessidade premente de manter algum tipo de vínculo com a natureza são questões comuns aos moradores de centros urbanos de todo mundo.
Em sua 16ª edição, a Expo Revestir, a maior feira de revestimentos da América Latina, que ocorreu na semana passada em São Paulo, reunindo 261 expositores, procurou responder a essa demanda por meio de revestimentos para piso, paredes e tetos, peças e metais sanitários, além de materiais e tecnologias que, via de regra, enalteceram o viver cosmopolita. Mas sem deixar de lado toda a inspiração que vem do natural.
A cerâmica brasileira, um dos segmentos de maior peso no evento, foi também o que melhor refletiu tais anseios. Presentes em muitos dos lançamentos, texturas e relevos intercalaram visual urbano e tentativas de reconexão com o meio ambiente. Tons fechados e sóbrios como o cinza, o preto e o marrom, remetiam diretamente ao visual de megacidades.
Tendência consolidada, o estilo industrial também marcou presença entre os lançamentos, com destaque para diversas interpretações para materiais frios, como os metais. Caso da Portobello, que investiu em tons industriais na linha Black and Blue e oxidados do aço na Steel. Assim como a Ceusa, que transformou em revestimento o skyline de um remoto centro urbano.
Em contraponto a tanta realidade, os fabricantes investem também em formas tridimensionais e geométricas que, aliadas a cores vivas, apontam para uma atmosfera mais suave. O marrom que remete ao barro, o verde que lembra natureza, o azul esverdeado que sugere água imprimindo frescor e contraste. “Nossa cerâmica vive em estado da arte”, reflete o empresário Antonio Carlos Kieling, CEO da Expo Revestir.
Profundo conhecedor do mercado de revestimentos, Kieling destaca que, ao longo de sua história recente, a cerâmica brasileira sempre esbanjou criatividade e irreverência. “Em termos de qualidade e atualidade não perdemos em nada para a produção de outros países. Apenas não gozamos da mesma reputação”, comenta ele. Faz sentido. Basta ver a velocidade das transformações que fizeram da Expo Revestir uma referência que hoje pauta o mercado.
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